Jobs? Yes, for the boys.

Esta semana foi sempre a abrir e para não variar o fim-de-semana passou depressa. Em relação ao país cada vez mais na merda, a remodelação aos poucos do governo faz lembrar um casal novo em inicio de vida, em que aos poucos vai compondo a casa, esta semana compra o secador para o cabelo, passado dois meses compra o tapete da sala e um dia há-de comprar a máquina do café. De facto Pedro Passos Coelho aposta numa política de continuidade demagógica e que se está a perpetuar cada vez mais, com a agravante de que isso ainda é mais visível nas políticas de direita. AH! As políticas de direita que meteram uma série de professores assistentes do Professor Marcelo nessa mesma remodelação de governo, puros académicos portanto, que da vida sabem acerca de decretos de lei e nunca fizeram "niente", a não ser ler, sentar-se à mesa e debater ideias enquanto se bebe um café e apanha-se um solinho.

Mas dizia o meu antigo chefe: a vida não pode ser só bater cigarro, e é por isso que o país não anda para a frente, enquanto não se perceber que não podem ser apenas os boys com elevados estudos superiores que podem governar o país, porque lá está, esses só bateram cigarro, muito provavelmente nunca fizeram mais nada na vida, e isso tem de mudar. Note-se o caso dos países do Norte da Europa, onde os deputados andam de transportes públicos e muitos deles apenas têm o 12ºano, pessoas normalíssimas que muitas vezes dividem os mesmos espaços comuns, a nível habitacional, e estamos a falar de representantes de diferentes meios desde metalúrgicos a agricultores. E não é por isso que não deixam de ser dos  países mais desenvolvidos do mundo, basta ver as estatísticas. 

Já em Portugal há esta cultura mesquinha de que se para fazer um bom trabalho tem de se usar fato e gravata e ter um background de investigador ou professor académico. Acho que estes senhores da política que andam todos a viver à grande, deviam ir uns tempos para o Silicon Valley e ir até à google, à hp ou até mesmo aos escritórios do facebook e ai sim iam ver como funciona o mercado e as dinâmicas, sinergias de grupos. E aproveitavam, levavam uns empresários portugueses a ver se punham a máquina a funcionar, mas já dizia o outro pau que nasce torto jamais se endireita.

Resumindo, existem jobs, mas se não fores dos boys não há vacas para ninguém.